Capítulo VI - Toddy

Enquanto isso no lustre do castelo em uma fortaleza localizada nas proximidades da cidade, um homem encontrava-se sentado em sua poltrona de frente à lareira - que tinha suas chamas alimentadas por papéis de urnas de sugestão, afinal eles precisam ser úteis algum dia - ao seu lado havia um criado mudo, que segurava um copo de leite com achocolatado e uma Veja de dois anos atrás, esta havia sido furtada por seu patrão a dois dias de um consultório médico, e sobre o colo do homem estava seu gato, este possuía uma quantidade de pêlos suficiente para se fazer uma peruca para um cover da Tina Turner, o homem até já havia pensando em fazer a peruca e depois vendê-la no mercado livre, mas nunca o fez, visto que duas coisas o impediram, a primeira era que o pêlo era de um branco digno de Elizabeth, a rainha virgem, e a segunda era que mesmo percorrendo toda São Paulo ele nunca conseguiu achar o mercado livre. Em uma das mãos o homem segurava um atlas e com a outra tentava copiar os desenhos, mas ele desistiu de tentar chegar a perfeição visto que sua falta de coordenação não o ajudava muito, então ele começou a reproduzir os continentes porcamente usando apenas retas, e sem a mínima noção de proporção, quando se cansou da brincadeira colocou seu caderno de brochura, seu lápis HB da faber-castell – é claro que antes ele brincou um pouco de entortar o lápis até quase quebrar – seu atlas sobre as costas do criado mudo, ficando apenas com o gato de nome Feupudo sobre as pernas, e como todo bom chefe do crime desorganizado o homem acariciava o gato com apenas uma mão e ria.

- MUAHAHAHAHAHAHHAHHAHHAHAHAHHA....... seja útil Jayme*, me diga o motivo pelo qual estou rindo – disse o homem.

*Todo mundo tem um mordomo chamado Jayme, da mesma maneira que em Pokémon todo enfermeira chamava Jenny e toda policial Joy.

-.............. – respondeu Jayme.

- Onde eu estava com a cabeça quando o comprei? Ele não serve pra nada, nem posso fazer piadas de toc-toc.

-.............. – respondeu Jayme, agora indignado.

Já com pouca paciência, o homem catou seu achocolatado, bebeu-o e colocou o copo vazio sobre a cabeça do criado – ele era cearense – e em seguida saiu da sala colocando seu gato na cabeça e cantado “Proud Mary”.

*Como meu patrão tem energia! Dá até gosto!* Pensava Jayme.

...

Como já se passava da meia-noite, o homem ligou seu computador, abriu seu discador do IG e se conectou visando pulso único, logou (logou: ato de logar, do latim Logus; um demônio que viveu no norte ou talvez no sul da Galiléia) seu Orkut, abriu seu scrapbook e em vez de encontrar um peixinho ou alguma “garota pretendendo se mostrar com suas amigas na webcam” ele encontrou uma mensagem que o abalou: alguém havia descoberto que ele era Nescau, o enérgico, um dos 3 (três) Lordes. Ele apagou a mensagem e decidiu que precisava avisar os outros Lordes, se dirigiu para o telhado da sua casa e ligou um grande holofote que estava direcionado para o céu e em seguida foi para o seu quarto, abriu sua caixinha de jóias e enquanto a bailarina dançava ao som de “I Will Survive” ele pegou sua pedra do poder e partiu de casa, rumo ao encontro de seus companheiros.

De toda a região era possível ver um círculo de luz com um $, esse era o símbolo dos Lordes, pois essa era sua fonte de poder e em menos tempo do que imaginavam, eles precisariam de todo o poder e ajuda possível.

TO BE CONTINUED

* Nota: Para o word não existe a palavra achocolatado, mas existe pokémon.... nada mais a comentar