Capítulo III - Muito Poder e Influência

Ela abre a porta e se espanta com a visão da pessoa que está diante dela, uma vez que não era esperada, pelo menos não tão cedo.

- O que você faz aqui? Devia ao menos ter avisado sua insolente, espero que ninguém tenha te visto.

A mulher parecia nem dar ouvidos a Dama da Noite e enquanto esta falava, aquela adentrava na residência sentava na poltrona reclinável e dizia:

- Xayme!!! Traga suco para mim e enquanto eu estiver relaxando faça um retrato meu.

Essa mulher era extremamente acomodada, porém ela podia se dar a esse luxo,visto que também era muito poderosa e influente – é claro que não tanto quanto a Dama – e em breve seria a única, pois herdaria o legado de sua sensei. Ela era conhecida como Tânia e além de grande poder e influência, possui uma alta renda mensal, pois era a responsável pelo setor financeiro de certo império, e conseqüentemente a dona de toda a verba desviada pelo caixa dois.

Enquanto a Dama entrava na sala, Xayme, o mordomo professor de desenho, vinha trazendo o Tang de Laranja com Morango com um guarda-chuvinha em uma mão, e na outra trazia sua pasta de desenhos, após entregar o suco à Tânia, ele começou a contar sobre sua vida e sobre sua avó, mas a Dama não estava com paciência para isso, pois precisava resolver seus assuntos com Tânia o mais rápido possível.

- Xayme suma daqui – disse a Dama – Agora minha cara Tânia, me apresente os relatórios.

Ding Dong

- Xayme atenda a porta!!!

Quando ele abriu a porta se deparou como uma figura sombria, ela parecia não temer nada e nem ninguém, pois era a origem dos adjetivos “poder” e “influência”, suas madeixas negras cobriam um de seus olhos fazendo com que ela parecesse com a vilã do “Capitão Planeta” e que era caolha, entre os reles mortais era conhecida como A Supervisora (com artigo definido, pois ela era A “fodona”, com artigo definido de novo), mas também atendia pelo nome de Dulcimara, vulga Dulci.

Dulci ao entrar na casa empurrou Xayme que acabou quebrando três costelas na queda, e sem que ela percebesse, acabou pisando no pescoço do jovem rapaz, silenciando-o para sempre. Logo que Tânia e a Dama viram Dulci, se ajoelharam sobre o tapete de camurça verde musgo, e fizeram reverências.

- Vossa Excelência, o que trás a Senhora aqui? – Indagou a Dama

- Vim ter notícias sobre o andamento dos nossos planos, seu prazo está acabando.

- Eu prometo que concluirei minha parte antes do prazo,e caso não consiga, prometo que não falharei na próxima.

- Se você falhar não haverá próxima.

*Enquanto dizia essas palavras, Dulci tinha suas expressões faciais modificadas, um olho tornavasse ligeiramente maior que o outro (seu cabelo havia saído da frente, revelando que ela não era caolha), por um breve momento em seus lábios surgiu um esboço de sorriso que logo deu espaço a uma boca escancarada e ela “dizia”*

- Muahahahahahahahahahahhaha, Tânia ria comigo.

- Muahahahahahahahhahahahaha - Era o som emitido pelas duas vacas senhoras.

A Dama se encontrava em desespero, ela acreditava que nesse momento tinha acabado de chegar ao fundo do poço, sabia que a probabilidade de sucesso de sua missão era pequena, sua pupila Tânia não parecia disposta a ajudá-la, seu celular estava sem crédito e uma das coisas que mais amava estava aniquilada, seu tapete, visto que o mordomo estava morto sobre ele, mas isso era penas o começo e ela mal imaginava o que viria de agora em diante...